Organizado pela FNAEESP, esta edição realizou-se na ESCS, no Instituto Politécnico de Lisboa, e visou a promoção do debate entre dirigentes associativos do sistema politécnico sobre tópicos do ensino superior, sobretudo os doutoramentos.
O Encontro Nacional de Politécnicos de 2022, decorreu nos passados dias 5 e 6 de novembro na Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), no Instituto Politécnico de Lisboa (IPL).
Este evento de cariz formativo e essencialmente de discussão sobre Política Educativa associada ao Ensino Superior, é destinado a dirigentes associativos no âmbito do ensino superior, que integram o subsistema politécnico.
Promovido pela Federação Nacional das Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP) e em colaboração com a Associação de Estudantes da Escola Superior de Comunicação Social (AEESCS), os objetivos deste encontro consistiam em dar voz aos dirigentes e trazer para a discussão as opiniões de 130.000 estudantes no Ensino Superior Politécnico, representados pelas suas Associações Académicas e de Estudantes.
Considera a FNAEESP que a pronúncia das associações e dos seus dirigentes sobre os principais temas da sociedade é de extrema importância para a discussão de um futuro mais promissor para os estudantes do Ensino Superior e para Portugal.
A análise de documentos preponderantes para a estruturação do seio académico e o desenvolvimento de soft skills que melhoram a oratória dos dirigentes associativos são temas fulcrais para a evolução destes como agentes públicos de representação estudantil. Os temas foram pensados naquilo que são os desafios do futuro e alterações fulcrais para o desenvolvimento das instituições de ensino superior, das regiões e das empresas.
Os primeiros debates debruçaram-se sobre a questão dos doutoramentos e qual a importância destes no tecido empresarial. Foi abordado o real impacto que detêm nos quadros empresariais e na captação de investimento e, ainda, se estariam ligados à inovação, promovendo a formação doutoral aproximada aos timings que as empresas nacionais têm atualmente. De forma unânime, os mais de 80 dirigentes presentes perceberam que, se é um caminho que as comunidades estudantis escolhem muita das vezes desde os Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), caminho esse feito de uma forma prática com vários momentos de formação e de validação dentre e com as empresas, é algo que deve saltar para os programas doutorais.
Os debates subsequentes incidiram sobre os problemas do financiamento e a fórmula que dita as questões orçamentais via Orçamento de Estado (OE) para as instituições e os dirigentes falaram das suas realidades e o que nas suas visões poderia resolver uma fração do pouco financiamento que existe por parte do estado português no ensino superior, concluindo que a fórmula do financiamento deve prever mais critérios de qualidade e de desenvolvimento e menos o histórico pois isso prejudica ainda mais as instituições, principalmente as do ensino politécnico.
Os temas finais incidiram sobre a inovação pedagógica e o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), onde enfrentamos várias dúvidas sobre a importância da organização do sistema e métodos de ensino e de aprendizagem que são leccionados nas formações superiores, sendo preponderante na acreditação dos cursos. Sobre o PRR ficou registrado o desenvolvimento
histórico e o real alcance que o mesmo atinge. A maior preocupação dos dirigentes incidiu sobre a falta de alojamentos e os projetos de execução que muitas das suas academias têm, mas que não tinham informação sobre quais seriam os trâmites legais e os prazos para as execuções. Ficando um compromisso de acompanhamento muito mais próximo das direções
associativas ao desenvolvimento dos projetos financiados pelo plano de recuperação e resiliência.
Concluindo, todos os dirigentes tiveram oportunidade de intervir e debater não só as realidades regionais, mas principalmente nacionais. Alinhando assim princípios de proximidade e de pressão política sobre os mais diversos temas debatidos.